domingo, 5 de maio de 2013

Civilização Cuxe


O reino de Cuxe

Ao sul do Egito, localizava-se a Núbia. Embora fosse banhada pelo rio Nilo, essa região era bastante árida e seu povo precisou criar sistemas de irrigação que facilitaram a criação de gado e o cultivo da cevada, trigo, sorgo, lentilhas, pepino, melão, tâmaras. Por volta de 2000 a.C. lá se formou o reino de Cuxe, que manteve intensa atividade comercial: caravanas chegavam pelo deserto carregadas de mercadorias da Ásia e das regiões próximas ao mar Mediterrâneo; pelo rio Nilo, os comerciantes cuxitas levavam e traziam produtos do norte e do sul da África, como peles de animais, marfim, madeiras, ouro.



As principais cidades do reino de Cuxe foram Querma, Napata e Méroe. Dentre elas, Méroe se destacou por ter se tornado um importante centro urbano e por atrair grande número de pessoas interessadas na agricultura, no comércio e na metalurgia. Foi uma das capitais do reino de Cuxe. Escavações arqueológicas revelam que em Méroe havia uma área cercada por muralha de pedra, onde viviam o rei e a nobreza e ficavam os palácios, os prédios públicos e alguns templos religiosos.

O povo de Cuxe era politeísta e adorava deuses antropozoomórficos, como Marduk e Apedemek. Na cidade de Napata foi construído um templo em homenagem a Amon, deus do sol, também cultuado no Egito.


O reino de Cuxe começou a se enfraquecer por volta do século IV, devido a uma série de razões: o empobrecimento do Egito, que passou a comprar menos mercadorias cuxitas, a insegurança nas rotas comerciais, que dificultava a travessia do deserto. Além disso, Méroe, principal cidade na época, foi por diversas vezes atacada por tribos nômades e também por outro reino africano, Axum. Nesses ataques, os invasores saqueavam os estoques de alimentos e mercadorias, empobrecendo a cidade e dificultando ainda mais a prática do comércio naquele reino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário